Histórico

Um breve histórico da Banda Filarmônica Mun. Prof. José Agostinho

Inauguração da Rua Silvério Sirotheau


            Santarém, que já chegara a possuir até três bandas de música, simultaneamente, e isto quando a cidade era muito menor, não tinha desde a diluição da Filarmônica Santa Cruz, de Frei Ambrósio, nenhum outro conjunto musical do gênero, isto por um longo período de aproximadamente 27 anos. Quando se fazia necessária a participação de uma banda de música em uma festa cívica ou religiosa, durante esses 27 anos, arrebanhavam-se os músicos remanescentes e organizava-se um conjunto somente para a ocasião, para ser logo mais dissolvido. E isso era muito constrangedor para uma cidade que tinha tradição de bandas musicais desde o século XIX.
            Em 1963, contando com o apoio do então prefeito municipal Dr. Everaldo Martins, os irmãos Wilson e Wilde Fonseca, coadjuvados pelos sargentos do Tiro de Guerra 190 João de Deus Damasceno e Raimundo Bittencourt, fundaram a Banda de Música “Professor José Agostinho”, que realizava seus ensaios semanais na sede do Tiro de Guerra 190
            Por mais de 30 anos a banda manteve-se graças ao idealismo de seus componentes e a inconfundível liderança de Sebastião Nogueira Sirotheau a quem devemos muito.
             Por vários prefeitos municipais a banda foi regulamentada, mas tudo mais saiu do papel. Foi graças a um apelo do Padre Valdir Soares Serra que o prefeito Ronan Liberal Lira, a partir de janeiro de 1990, determinou o cumprimento das leis então existentes que regulamentavam a banda, tornando-a de caráter oficial. E isto vem sendo cumprido até nossos dias.
            Hoje, a Filarmônica conta com apreciável número de músicos jovens, inclusive do sexo feminino, tocando ao lado com os músicos veteranos.
            Queremos aqui, lembrar com saudade, dos que já participaram para a eternidade, ao longo destes 45 anos: Manoel Almeida (Dudu) e seu filho Emanuel, o Manduca; Perílio Cardoso da Silva, Carlos Castro, Adalgiso Paixão e seu irmão Firmino, Elias Sardinha, Rafael Santana, Paulo Bentes, Nicanor Barbosa, Antônio Norberto, Mário Nascimento, Geraldo Peloso, Euclides Ramos, Manoel Viana Lima, que serviram com amor e dedicação, por longos anos, a então Banda Prof. José Agostinho. E, acima de tudo, sentimos ainda imensa saudade de nosso Maestro Wilson Fonseca, carinhosamente chamado por todos de Maestro Isoca, há poucos anos falecido, de quem ainda sétimos a forte presença através das músicas que compôs e das que instrumentou para nós ao longo destes anos. Maestro Isoca, “ Requescat in pace”
            Atualmente a Filarmônica Municipal vem passando por processo de mudança e amadurecimento musical sob a regência do neto do Maestro José Agostinho (João Paulo) que busca constantemente a perfeição para a execução de das obras, agregando fatores psicológicos e emocionais dos instrumentistas, assim como de técnicas de liderança e do conhecimento dos instrumentos para alcançar seu objetivo maior que é a eficácia no desempenho da banda como um todo.
Em dezembro de 2008 a Câmara Municipal de Santarém, outorgou o título honorífico de Honra ao Mérito a Filarmônica Municipal pelos relevantes serviços prestados ao município. Isso prova que o sentido dos dizeres “fazer musical qualitativo” faz menção ao conceito de qualidade, sendo este aqui concebido como “realização eficaz de ações”. Um bom desempenho de qualidade em determinada operação propicia não apenas levar à satisfação de consumidores externos, em nosso caso, público interno e externo. Também viabiliza com mais eficácia a vida das pessoas envolvidas na operação. Baseado nessa perspectiva, a Filarmônica Mun. Profº José Agostinho nos seus 45 anos vem desenvolvendo e contribuindo para o conhecimento cultural em nossa cidade.